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mão de obra de costura

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Saiba como calculamos nossos preços de costura – uma metodologia mais sustentável e justa.

Hoje vou contar um pouco sobre nossa mão de obra de costura e como precificamos. Esta preocupação é muito grande hoje em dia pois, como sabemos, a indústria têxtil em geral paga muito mal as costureiras e existe muita mão de obra escrava nesse meio.

Depois que idealizamos o modelo, desenhamos a ficha técnica e fazemos a modelagem o próximo passo é a costura da “peça-piloto”. Essa primeira peça é feita  em nosso ateliê. Temos uma pilotista – profissional que sabe montar essa primeira peça.

Você deve estar se perguntando – mas toda costureira não monta uma peça inteira? Não! Hoje em dia com a Revolução Industrial / Divisão do Trabalho a costura de uma produção é feita por partes – chamamos costura em cadeia. Uma pessoa só coloca a gola. A outra só faz as barras. E assim por diante.

Atelie 4 Uhnika
Ateliê Uhnika Lab

Voltando na pilotista, enquanto ela costura essa primeira peça, nós calculamos o tempo. Assim conseguimos ter uma noção de quantas peças uma pessoa consegue fazer por dia.

É importante ressaltar que uma peça costurada na pilotagem não tem o mesmo tempo produção de uma peça costurada em cadeia – quando se divide os processos. Para calcularmos essa diferença usamos uma técnica chamada de balanceamento para produção.

Dessa maneira, nós pegamos o custo do dia de trabalho de uma costureira sênior (pilotista), dividimos em quantas peças ela conseguirá costurar em um dia de trabalho. Assim se dá nosso preço para costura por peça. Mesmo se essa costura não seja pilotista nós praticamos esse valor para todos.

Temos 2 modelos para costurar nossas peças: ateliê (interno) e oficinas externas.

Normalmente pagamos no mínimo 100% a mais do que outras marcas pagam para suas costuras.

Por que temos produções pequenas, o perfil de nossas oficinas são homens ou mulheres que trabalham sozinhos ou no máximo em 2 pessoas. Sim, é um trabalho super artesanal.

Nesse time as pessoas optaram por não trabalhar em fábricas pois os salários são muito baixos. Além de, muitas vezes, terem uma condição familiar que não possibilita o trabalho fora de casa.

O que nos preocupamos? Que o local de trabalho seja separado do espaço familiar. Ou seja, que tenham um ateliê de costura em um cômodo isolado. Nesse caminhada da Uhnika, vimos muitas vezes oficinas onde as máquinas de costuras estavam (também) dentro das cozinhas. Não, nós não praticamos esse tipo de trabalho.

 

Grandes indústrias da moda vão para países onde os salários mínimos são muito baixos, chegam a 23 euros por mês. Da mesma forma que nós dividimos o valor do “dia” de uma costureira pela sua “produção” acontece com as outras marcas. No entanto, quando uma marca tem essa prática de pagar um salário muito baixo ela acaba desvalorizando essa mão de obra.

Te convido a fazer uma reflexão: quanto você acha que foi pago para uma costureira fabricar uma camisa que custa R$59,90 na loja? Lembre-se, neste preço está embutido o tecido, o custo da fábrica, o custo da loja, o marketing que a marca faz, impostos, o lucro do empreendedor, entre muitos outros custos.

Esse post foi idealizado para gerar mais informação e transparência. Faz parte de um movimento global por uma moda mais justa e transformadora, diretrizes do movimento Fashion Revolution.

 

Abraços, Marina Ferraz.

 

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