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Consumo Sustentável de Roupas – Principais desafios

consumo sustentável de roupas

O consumo sustentável de roupas tem crescido cada vez mais na sociedade como uma forma de se vestir bem e, ao mesmo tempo, respeitar a natureza.

A consciência ambiental através das roupas ajuda a melhorar a relação comportamental do mundo da moda com o meio ambiente e sociedade. Devemos ter o pleno conhecimento que tudo o que consumimos gera pegada ecológica no planeta, além de profundos impactos no equilíbrio socioambiental.

E o universo da moda – que abrange roupas, acessórios, cosméticos e vários tipos de produtos e serviços – consome energia, água e gera CO2 no processo produtivo e entrega de produtos.

Neste artigo aprofundaremos mais o conceito positivo da escolha, compra e uso de roupas de forma equilibrada com a natureza.

 

Consumo sustentável de roupas

Tradicionalmente, as tendências e estilos de roupas costumam ser renovados diversas vezes ao ano como forma de manter as pessoas interessadas em roupas novas. Essa renovação é realizada através de reformulações de design e estilo, o conhecido fast-fashion, o qual impulsiona o consumo desenfreado de moda e, consequentemente, uma produção para atender tal demanda.

Dada essa demanda exacerbada, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a indústria têxtil é considerada uma das quatro indústrias que mais consomem recursos naturais do planeta, além de intenso consumo de recurso hídrico, adição de produtos químicos e demais tipos de processamento para oferecer uma roupa nova de forma rápida e massiva.

Sendo assim, todo o processo de fabricação e distribuição de peças como camisetas, calças, peças íntimas e demais tipos de produtos de vestuário geram impacto direto no meio ambiente com intenso consumo de água no processo de fabricação. Além disso, existe o emprego mão de obra inadequada (infantil / análoga à escravidão) na cadeia produtiva da indústria da moda, gerando alto impacto social (nesse post do nosso blog você pode conferir como definimos o valor de costura das nossas peças).

Devido a essa percepção, tem crescido entre os consumidores mais conscientes a procura por roupas orgânicas que impactem menos o meio ambiente. Em paralelo a conscientização dos consumidores, marcas engajadas com as causas sócio ambientais tem buscado desenvolver a capacidade de produzir roupas com menor impacto socioambiental, com maior apoio à criação de uma cultura de reaproveitamento de tecidos e de peças, mão de obra justa, matérias primas com certificado de origem (exemplo selos BCI e FSC) e destinação correta de resíduos têxteis, além de incentivar uma cultura que valoriza múltiplos estilos ou tendências e não uma tendência única a ser seguida.

 

A consciência ambiental nas roupas

No ano de 2020, o Instituto Akatu em parceria com a GlobeScan realizou a pesquisa “Vida Saudável e Sustentável 2020” que confirmou que mais de 80% dos compradores de roupas no Brasil exigem que grande parte das marcas fabricantes desenvolvam métodos de produção que respeitem a natureza e a sociedade, com menor impacto aos recursos naturais.

Segundo a mesma pesquisa, mais de 40% dos consumidores no Brasil buscam ter consciência ambiental na hora de comprar roupas, sempre buscando ter maior transparência para selecionar marcas e produtos que tenham protocolos e processos ambientalmente sustentáveis.

 

Reaproveitamento

Nas últimas décadas, tem crescido o hábito entre os brasileiros de reaproveitar roupas mais antigas, reaproveitar tecidos usados e até mesmo transformar modelos de roupas para uso em novas ocasiões do dia a dia. Segundo reportagem feita pela Uol, durante a pandemia a busca por itens de segunda mão cresceu 572%. O crescimento de brechós é uma tendência para o mercado da moda brasileiro. Esse tipo de negócio tem alta aceitação em países da Europa como Alemanha e Holanda.

 

Mais transparência

No mercado atual, o cliente exige maior nível de transparência no comportamento das marcas e das fabricantes para a produção de roupas que atendam às necessidades de cada consumidor e, ao mesmo tempo, sejam produzidas com o menor tipo de impacto socioambiental.

E essa transparência começa através da disponibilização de informações que informe ao consumidor dados sobre fornecedores, vínculo com a cadeia produtiva, nível de qualidade com a comunidade local, procedimentos e práticas de gestão ambiental no cuidado com o meio ambiente e uso dos recursos naturais, bem como a inclusão de processos de reaproveitamento de retalhos e destinação correta de resíduos têxteis.

Ao eleger a transparência, o consumo sustentável de roupas torna-se mais factível e consolida uma rede de consciência ambiental entre fabricantes, parceiros de negócios e o cliente final.

 

Cinco fatores da sustentabilidade

A seguir apresentamos os cinco fatores que justificam a adoção da sustentabilidade no segmento de roupas.

1 – Recurso hídrico

Sabemos que a água é um recurso natural finito e muito valioso para vida no planeta terra. Esse recurso não pode ser maculado ou desperdiçado, o que exige das empresas fabricantes a inclusão de formas de reduzir o nível de consumo de água e inserção de processos de reciclagem de recursos hídricos.

2 – Produtos químicos

Tem crescido ao redor do mundo a busca pela produção de aditivos orgânicos e de baixo impacto para a fabricação de roupas sem a plena necessidade de aditivos químicos.

Geralmente, os produtos químicos se tornam mais perigosos quando aplicados em processo colorização e acabamentos das peças de roupas colocando em risco a vida dos trabalhadores e no decorrer dos anos dos consumidores.

Na Uhnika temos peças que são tingidas naturalmente à partir de processos que utilizam framboesa, por exemplo. Tal prática reduz a poluição de recursos hídricos.

3 – Ciclo de vida do produto

Geralmente, a roupa é percebida como um produto com ciclo de vida mais curto, principalmente com a pressão da indústria da moda que incentiva as pessoas a comprarem mais peças em um menor intervalo de tempo.

Para alongar o tempo útil da roupa em bom estado tem crescido as plataformas de compartilhamento de guarda-roupas, a revenda de roupas usadas em brechós ou em market places online, e a escolha de roupas fabricadas com tecidos mais duráveis.

Além disso, o desenvolvimento de roupas atemporais ajuda no prolongamento da vida útil das peças, pois as mesmas não saem de moda.

4 – Cuidado com os resíduos

Outro cuidado é referente aos resíduos têxteis gerados na produção das roupas. Muitas vezes eles são descartados de maneira inadequada, indo parar em aterros sanitários. Quando isso acontece, tais resíduos contaminam o solo e podem demorar até 400 anos para se decomporem. Isso também acontece com roupas usadas se descartadas incorretamente. O melhor caminho é doar as roupas muito usadas para empresas de reaproveitamento e reciclagem de tecidos como forma de reduzir a quantidade de resíduos no meio ambiente.

Na Uhnika temos um parceiro que recolhe todo o resíduo têxtil da nossa fabricação e o desfibrila, gerando matéria prima para diversas indústrias, como a automobilística, na qual esse resíduo vira enchimento de banco de automóveis, por exemplo.

5 – Agricultura

Devemos lembrar que boa parte dos tecidos possuem origem vegetal, como o algodão e a viscose. Muitas vezes são utilizados agrotóxicos de maneira inadequada, gerando impacto no solo. Para tentar controlar a utilização de pesticidas de forma inadequada, existem ONGs como a FSC e o BCI que fiscalizam todo o processo produtivo da matéria prima e checam os níveis de produtos químicos empregados nas plantações, além da mão de obra utilizada.

Na Uhnika utilizamos algodão BCI e viscose FSC, visando assegurar a origem das nossas matérias primas.

 

E o petróleo?

A presença do petróleo nas roupas, um recurso poluente e pesado, também preocupa. Geralmente, os tecidos sintéticos como náilon, acrílico, spandex e poliéster são derivados do petróleo, e ao serem mal descartados podem gerar danos ao meio ambiente, além de liberar micro plásticos durante a lavagem. Essa liberação de micro plástico é muito alarmante, pois estudos já identificaram o material até na placenta de mulher grávidas.

consumo-sustentavel-de-roupas

 

Melhores comportamentos

É importante que o consumidor tenha plena consciência e eleja melhores comportamentos como decidir comprar roupas em brechós, lavar menos as roupas que já possui, organizar o guarda-roupa de tempos em tempos, valorizar a produção local e não gastar dinheiro em demasia com produtos importados e valorizar as marcas que respeitam o meio ambiente.

 

Conclusão

O consumo sustentável de roupas exige uma nova postura por parte dos clientes e das empresas fabricantes. Sem a conscientização de ambas as partes, caminhamos para um futuro incerto, no qual os recursos naturais se tornarão cada vez mais escassos resultando no colapso do meio ambiente e, consequentemente, do planeta Terra.

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